Acadêmica de Fisioterapia
TEORIA DA ABIOGÊNESE E BIOGÊNESE
A abiogênese também conhecida como geração espontânea, diz que um ser vivo pode surgir de uma matéria inanimada, ou seja, que uma coisa sem vida, pode dar origem a um ser vivo. Um exemplo, os cientistas da época acreditavam que ratos eram produzidos a partir de roupas sujas, e anfíbios surgiam dos lodos dos rios, isso foi aceito até meados do século XIX.
Francesco Redi (1626-1697), foi o primeiro cientista a questiona a teoria da abiogênese, promoveu experimentos para derrubar a teoria da abiogênese, em seu experimento ele colocou cadáveres de animais em frascos de bocas largas, alguns vedados com uma fina gases e outros deixados abertos. Alguns dias depois percebeu que nos frascos abertos, nos quais as moscas tinham acesso para entrar e sair, havia larvas, enquanto nos fechados, não havia, pois, as moscas não tinham acesso. A hipótese de Redi foi aceita, e a teoria da abiogênese começou a perder credibilidade, e então vários cientistas realizaram novos experimentos para explicar a origem de microrganismos. O filósofo Aristóteles e o cientista Louis Pasteur também foram importantes para a aceitação da teoria da biogênese. TORTORA, G.J; FUNKE, B.R; CASE, C.L. Microbiologia: 10. ed. Porto Alegre: editora Artmed, 2012.

MEIO DE CULTIVO E CULTURA BACTERIANO
O meio de cultura é o meio apropriado para o crescimento e aumento das bactérias ou fungos, lembrando que cada meio de cultura é indicado para um tipo de microrganismo, alguns nutrem e outros apenas estimulam o crescimento. Existem três meios de cultura:
- Ágar nutriente, utilizado geralmente para análise de água, alimentos, leite, e outros cultivos;
- Ágar sangue, possui uma coloração vermelha, e é utilizado para crescimento de qualquer organismo;
- Ágar salmonella, inibe qualquer microrganismo gram-positivo.
O cultivo de microrganismo em laboratórios é obtido através de meios de cultura, o cultivo pode ser realizado de inúmeras formas, uma forma comum é retirar uma amostra de um lugar de interesse e transferir os microrganismos deste lugar para um meio de cultura sólido, contido em placas de Petri. O processo deve ser feito com a utilização de utensílios esterilizados, após de transferir é necessário dar tempo para o microrganismo se adaptar ao novo habitat e começar a se multiplicar, formando então as colônias no meio de cultura. ESTRIDGE, B.H; REYNOLDS, A.P. Técnicas básicas de laboratório clínico: 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO BACTERIANA
A base para a classificação e identificação das bactérias é a observação das colônias desenvolvidas em meios de cultura sólida, assim como observar as condições de crescimento e as necessidades nutricionais para que se desenvolva.
O primeiro passo para a identificação de microrganismos é reconhecer a qual grupo bacteriano pertence, para isso, na maioria das vezes é usado a técnica de coloração de Gram, com esta técnica iremos definir se é Gram positiva ou negativa, e a morfologia celular desta bactéria, que pode variar entre cocos ou bacilos. Além da morfologia microscópica é necessário também observar tamanho, forma, elevação da colônia, brilho, cor e aspectos. TORTORA, G.J; FUNKE, B.R; CASE, C.L. Microbiologia: 12.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino tem um papel muito importante na regulação de processos biológicos, e as suas funções são realizadas através dos hormônios. Os hormônios são moléculas reguladoras, são produzidos por órgãos chamado glândulas endócrinas, há também outros órgãos e tecidos que possuem atividade endócrina, como os rins, coração, e até mesmo os neurônios. As glândulas endócrinas não possuem um ducto, os hormônios por elas produzidos são liberados diretamente na corrente sanguínea, e o sangue irá transportá-los até as células-alvo, as células-alvo por sua vez, irão responder aos hormônios de maneira específica. Os hormônios funcionam como “mensageiros químicos”, é como se os hormônios mandassem mensagens para as células, para que elas saibam como elas devem agir em determinadas situações. SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

SISTEMA URIÁRIO
O sistema urinário é composto por rins (2), responsáveis por produzir a urina, ureteres (2) que conduzir a urina dos rins até a bexiga, bexiga (1) armazena a urina, e uretra (1) que tem como função excretar a urina armazenada na bexiga. As estruturas do sistema urinário funcionam como um encanamento para a passagem da urina, com exceção os rins, o restante constitui as vias do trato urinário. O trato urinário, que inicia nos ureteres até vai até a uretra, é todo composto por musculatura lisa que é involuntário, já o músculo esfíncteres externo da uretra é composto por musculatura esquelética, tanto em homens quanto em mulheres, ele irá controlar voluntariamente a micção. A diferença entre o trato urinário masculino e o feminino, é que a bexiga feminina é menor, por causa do útero, e também possui a uretra intra pélvica, sendo bem mais curta que a uretra masculina. MARTINI, F.H; TIMMONS, M.J; TALLITSCH, R.B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Sistema reprodutor masculino é constituído pelos testículos, ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais que são elas, glândulas seminais, próstata e glândula bulbouretral e diversas estruturas de sustentação, que inclui o escroto, saco escrotal e o pênis. Os testículos alojados no escroto, são responsáveis pela produção de espermatozoides e também secretam hormônios. Os ductos transportam, armazenam, e auxilia na maturação dos espermatozoides, e os transportam até o exterior
O sêmen contém espermatozoides e secreções fornecidas pelas glândulas sexuais. O pênis tem como função transportar os espermatozoides até o trato genital feminino. SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Já o sistema reprodutor feminino é composto por ovários (2), tubas uterinas (2), útero (1), vagina (1), lábios maiores (2), lábios menores (2), clitóris (1), glândulas vestibulares e glândulas mamárias. Cujo exerce as seguintes funções:
Clitóris: proporciona prazer;
Lábios menores e maiores: protegem a abertura da vagina e uretra;
Vagina: canal de passagem de sangue durante o período menstrual, canal de penetração durante o ato sexual, e canal do parto pois tem como função dilatar para a passagem do bebê.
Glândula vestibulares: lubrifica o canal da vagina
Glândulas mamárias: produz o leite durante a gestação, que irá nutrir o bebê após o nascimento. MARTINI, F.H; TIMMONS, M.J; TALLITSCH, R.B. Anatomia humana: 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

BASES MOLECULARES DA HEREDITARIEDADE
As bases moleculares da hereditariedade são composta por genomas, DNA e genes. O genoma é um código genético que possui toda a informação hereditária de um ser, e é codificado no Ácido Desoxirribonucleico (DNA) que é formado por inúmeras cadeia de nucleotídeos (polinucleotídeos), e é o material genético de todos os organismos celulares. O DNA também é chamado de molécula da vida, nele está contido o código para a construção das proteínas em todos o seres vivos, ele se encontra compactado em cromossomos. O gene é constituído por uma sequência de DNA, o gene é a unidade fundamental da hereditariedade, eles controlam as estruturas e as funções metabólicas das células, e também todo o organismo. Quando localizados em células reprodutivas eles passam suas informações para a próxima geração, as somas do gene é chamada de genoma.
A hereditariedade tem relação com a herança, cada espécie herda características de seus ancestrais e transmitem parte delas aos seus descendentes, todas nossas características são herdadas de nossos pais biológicos, espermatozoide e o óvulo, tem em seu núcleo 23 pares de cromossomos, o número de cromossomos varia entre espécies, são características hereditárias, altura, peso, cor do cabelo, cor dos olhos, tipo do cabelo, formato do rosto, e até mesmo o QI. BORGES, O.M.R; ROBINSON, W.M. Genética Humana: 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

CÂNCER HEREDITÁRIO
Acredita-se que cerca de 10% dos cânceres são devido às alterações hereditárias, ou seja, quando os genes são danificados e surgem alterações denominadas mutações, causando um crescimento descontrolado das células resultando em câncer. Algumas pessoas já nascem com mutações genéticas que foram herdadas de um dos pais, aumentando o risco de desenvolver câncer. Quando o câncer é desenvolvido devido a uma mutação herdada, se denomina câncer hereditário. Pessoas que herdam alterações genéticas possuem 50% de chance de passar a mutação para os seus descendentes (filhos).
O câncer hereditário ocorre de forma mais precoce que o câncer esporádico, algumas síndromes de câncer hereditário são: Síndrome do Câncer de Mama e Ovário. Na maioria das famílias é comum encontrar alguém que já teve câncer, isso não significa que o câncer é necessariamente hereditário, e nem todas as pessoas que herdam alterações nos genes desenvolve a doença. BARBOSA, Rodrigo Jachimowski. Revista Saúde, Umuarama, março, 2017.
CÂNCER ESPORÁDICO
Aproximadamente 90% dos cânceres são esporádicos, resultantes de alterações adquiridas no decorrer da vida, as mutações genéticas nesse caso ocorrem por diversos fatores, como por exemplo, danos decorrentes de exposições ambientais, fatores dietéticos, hormonais, envelhecimento normal e outras influências. Neste caso não é compartilhado entre parentes ou transmitido aos descendentes
O câncer esporádico e o hereditário diferem em vários aspectos, alterando as decisões sobre os cuidados e tratamentos. BARBOSA, Rodrigo Jachimowski. Revista Saúde, Umuarama, março, 2017.
